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A mostrar mensagens com a etiqueta Música

Seguir o vôo do pensamento

Muita vez tem a arquitectura sido comparada à música. Dizem-na, com certa razão, música petrificada ou congelada. Há uma imagem porém que a mim se afigura não menos expressiva e que me dá ao mesmo tempo a impressão quasi dolorosa do eterno anseio que mortifica o artista-arquitecto, - é aquela esplêndida figura de Vitória, conhecida pela Vitória de Samotrácia, cujas asas mutiladas a inibem de levantar o vôo para que fôra criada. A arquitectura é música eternamente presa à matéria, que não pode, como sua irmã a arquitectura dos sons - desligar-se da terra e seguir o vôo do pensamento que lhe insuflou a vida (...). Raúl Lino

Sinfonia

Minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tange e range, cordas e harpas, tímbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia. Fernando Pessoa (Bernardo Soares)

A matemática e a música

No limiar do terceiro milénio da nossa era a célebre expressão de Leibniz, “Musica est exercitium arithmeticæ occultum nescientis se numerare animi” (A música é um exercício oculto de aritmética de uma alma inconsciente que lida com números), poderá ser tomada em sentido lato numa concepção contemporânea de arte e ciência. Com efeito, na criação, transmissão e entendimento da música, hoje em dia, como antigamente, verifica-se a existência de um conjunto de relações sonoras e simbólicas que, directa ou indirectamente, poderão ser associadas às ciências matemáticas. José Francisco Rodrigues

Bach num xilofone ou o prazer da madeira

The Algorithm of Jazz @Yale: Matt Griffith '14 performs Artie Shaw Conce...

Michael Collins: The Lyrical Clarinet (+lista de reprodução)

As obras... que escrevi

"Considero [as]  minhas  obras  como cartas que escrevi à posteridade sem esperar resposta." Inscrição na lápide de Villa-Lobos,  cemitério de S. João Batista, Rio de Janeiro

O sentimento da realidade do mundo visível

"Certamente se um dia voltar para Deus, a nenhuma outra coisa o deverei senão a estas estradas de uma melancolia lancinante que, desde o canto gregoriano até Messiaen, devoram em mim o sentimento da realidade do mundo visível." Eduardo Lourenço, a propósito da atribuição  do prémio  Jacinto do Prado  Coelho  pela obra "Tempo da música. Música do tempo" Nota:  "Tempo da música. Música do tempo" é uma  obra publicada pela Gradiva em 2012, que reúne 212 reflexões, datadas entre 1948 e 2006, de Eduardo Lourenço sobre música. Estas reflexões estavam dispersas em folhas avulsas, em agendas de bolso, páginas soltas ou agrafadas, algumas encontradas dentro de livros, que a historiadora de arte, violoncelista e musicóloga Barbara Aniello foi juntando, inventariando e catalogando no espólio do ensaísta. ( pode ler + )

Iamus, classical music's computer composer, live from Malaga (02/07/12)

Iamus' documentary teaser

Frozen music

“Architecture is the frozen music; music is the flowing architecture…”  Johann Wolfgang von Goethe

Passar de um para os outros

“Não podemos simultaneamente experienciar o conteúdo artístico de uma sonata de Beethoven e preocupar-nos com os processos neurofisiológicos nos nossos cérebros. Mas podemos passar de um para os outros.” Victor Weisskopf (Físico, 1908-2002)

Flauta de bambu

“Um indígena africano toca uma melodia em sua flauta de bambu. O músico europeu terá muito trabalho para imitar fielmente a melodia exótica, mas quando ele consegue enfim determinar as alturas dos sons, ele está certo de ter reproduzido fielmente a peça de música africana. Mas o indígena não está de acordo pois o europeu não prestou atenção suficiente ao timbre dos sons. Então o indígena toca a mesma ária em outra flauta. O europeu pensa que se trata de uma outra melodia, porque as alturas dos sons mudaram completamente em razão da construção do outro instrumento, mas o indígena jura que é a mesma ária. A diferença provém de que o mais importante para o indígena é o timbre, enquanto que para o europeu é a altura do som. O importante em música não é o dado natural, não são os sons tais como são realizados, mas como são intencionados. O indígena e o europeu ouvem o mesmo som, mas ele tem um valor totalmente diferente para cada um, porque as concepções derivam de dois sistemas musicais...