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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2011

Uma Pesquisa Diligente

“Tempo virá em que uma pesquisa diligente e contínua esclarecerá aspectos que agora permanecem escondidos. O espaço de tempo de uma vida, mesmo se inteiramente devotada ao estudo do céu, não seria suficiente para investigar um objectivo tão vasto... este conhecimento será conseguido somente através de gerações sucessivas. Tempo virá em que os nossos descendentes ficarão admirados de que não soubéssemos particularidades tão óbvias a eles... Muitas descobertas estão reservadas para os que virão, quando a lembrança de nós estará apagada. O nosso universo será um assunto sem importância, a menos que haja alguma coisa nele a ser investigada a cada geração... A natureza não revela seus mistérios de uma só vez.” — Séneca, Problemas Naturais, Livro 7, século I

The "two cultures" of modern society — the sciences and the humanities

“A good many times I have been present at gatherings of people who, by the standards of the traditional culture, are thought highly educated and who have with considerable gusto been expressing their incredulity at the illiteracy of scientists. Once or twice I have been provoked and have asked the company how many of them could describe the Second Law of Thermodynamics. The response was cold: it was also negative. Yet I was asking something which is about the scientific equivalent of: 'Have you read a work of Shakespeare's?' I now believe that if I had asked an even simpler question — such as, What do you mean by mass, or acceleration, which is the scientific equivalent of saying, 'Can you read?' — not more than one in ten of the highly educated would have felt that I was speaking the same language. So the great edifice of modern physics goes up, and the majority of the cleverest people in the western world have about as much insight into it as their Neolithi

Two Cultures

“[ os pensadores gregos do período romano ] viram-se cada vez mais arrastados para os subtis prazeres da filosofia moral e para longe da aparente esterilidade da filosofia natural (…). O cristianismo , com a sua ênfase na natureza de Deus e da sua relação com o homem, introduziu uma dimensão inteiramente nova no tema da filosofia moral, que aumentou a sua superioridade aparente enquanto trabalho intelectual, relativamente à filosofia natural. Entre 200 d.C. e 1200 d.C. os europeus preocuparam-se quase exclusivamente com a filosofia moral, em particular com a teologia. A filosofia natural [isto é, a ciência] foi quase esquecida.” Isaac Asimov, New Guide to Science , 1984

Dúzias de culturas

“Há, infelizmente, dúzias de culturas no uso que Sir Charles faz do termo, mesmo que o fosso entre o cientista e o não-cientista seja provavelmente o maior... Não haverá [no futuro] construção de pontes através desse fosso, não aparecerão modernos Leonardos , não haverá migração de cientistas para a literatura. Em vez disso, verificar-se-á a atrofia da cultura tradicional e uma gradual anexação feita pelo científico – anexação não de território mas de homens. Talvez não passe muito tempo até se chegar a uma cultura única que vai ficar.” Michael Yudkin

Two Cultures: A Second Look (II)

“Dei o mais agudo exemplo desta falta de comunicação sob a forma de dois grupos de pessoas que representavam o que eu baptizei de ‘as duas culturas’. Um destes grupos incluía os cientistas, cujo peso, realização e influência não precisam de ser realçados. O outro grupo continha os intelectuais da literatura. Entre estes dois grupos – os cientistas e os intelectuais da literatura – existe pouca comunicação e, em vez de um sentimento de companheirismo, verifica-se algo de muito parecido com hostilidade.” Charles P. Snow , Two Cultures : A Second Look , 1963

Two Cultures: A Second Look (I)

“Na nossa sociedade (isto é, na sociedade avançada do ocidente) perdemos a mais ínfima pretensão a uma cultura comum. Pessoas educadas com a mais elevada intensidade sabe-se que deixaram de saber comunicar umas com as outras no plano das suas maiores preocupações intelectuais. Isto é grave para a nossa vida criativa e intelectual e ainda mais grave para a nossa vida normal.” Charles P. Snow , Two Cultures : A Second Look , 1963

Respirar é muito simples

“ Aparentemente, respirar é algo muito simples, mas parece que essa evidência básica da vida deve a sua existência à interacção de muitos tipos de átomos numa grande molécula de enorme complexidade.” Max. F. Perutz

Um caos social, político e ambiental

“Num mundo que é um caos social, político e ambiental, como pode a raça humana sobreviver por mais cem anos?” (...) “Não sei a resposta. Essa é a razão pela qual fiz a pergunta; para que as pessoas pensassem nela e ficassem mais atentas aos perigos que enfrentamos.” Stephen W. Hawking

Universo não arbitrário

“Quanto mais examinamos o universo, tanto mais verificamos que não é de modo algum arbitrário, mas obedece a certas leis bem-definidas que regulam diferentes áreas. Parece muito razoável supor que existam alguns princípios unificadores, de modo que todas as leis sejam parte de alguma lei maior.” Stephen W. Hawking

Estranhamente infeliz

“Sinto-me estranhamente infeliz por ser complicado o padrão de minha vida, por ser irremediavelmente complicada a minha natureza. . . . O meu âmago sofre sempre e eternamente uma terrível dor — uma curiosa dor lancinante — uma busca de algo além do que o mundo contém, algo transfigurado e infinito — uma visão beatífica — Deus — não a encontro, não acho que possa ser encontrada.” Bertrand Russell

Flauta de bambu

“Um indígena africano toca uma melodia em sua flauta de bambu. O músico europeu terá muito trabalho para imitar fielmente a melodia exótica, mas quando ele consegue enfim determinar as alturas dos sons, ele está certo de ter reproduzido fielmente a peça de música africana. Mas o indígena não está de acordo pois o europeu não prestou atenção suficiente ao timbre dos sons. Então o indígena toca a mesma ária em outra flauta. O europeu pensa que se trata de uma outra melodia, porque as alturas dos sons mudaram completamente em razão da construção do outro instrumento, mas o indígena jura que é a mesma ária. A diferença provém de que o mais importante para o indígena é o timbre, enquanto que para o europeu é a altura do som. O importante em música não é o dado natural, não são os sons tais como são realizados, mas como são intencionados. O indígena e o europeu ouvem o mesmo som, mas ele tem um valor totalmente diferente para cada um, porque as concepções derivam de dois sistemas musicais

Tentação de levantar andaimes

Dúvidas, erros, E a tentação de levantar andaimes, De entrar «em obras», de instalar Em cada dia um «problema» E de dourar O problema de cada dia... Mas não só a dúvida e o erro, O coração entornado, a cabeça perdida Entravam nos nossos dias. Porém tratava-se de realizar Alexandre O'Neill (1958), [ Extracto de um poema de], « Agora Escrevo ». in No Reino da Dinamarca

Fio do prumo

“Tomarei por direito o fio do prumo e por justiça o nível de igualdade.” Isaías, séc. VIII AEC

Consciência

Leva, doirado, O Sol da consciência Às íntimas funduras do teu ser Miguel Torga, Diário, IX

Educar é governar

“Nem sempre foi assim, mas educar é governar. Assim era já no século XIX. Assim foi durante o século XX e assim será sobretudo, à medida que avança o novo século. Este vai ser o século do saber. Mais precisamente o século da racionalidade científica e tecnológica.” Domingos Caeiro

Power of words

O wondrous power of words, by simple faith Licensed to take the meaning that we love William Shakespeare, (1564-1616)

À medida que se progride

“Toda a disciplina, à medida que progride, tende a modificar mais ou menos profundamente as ideias que forma sobre as realidades fundamentais, objecto do seu estudo; assim acontece, na física, com as noções de matéria e energia; na biologia, com as noções de pessoa, de sexo, de vida e de morte.” Jean Rostand, Biologie et humanisme , Gallimard, Paris , p.9(1).

Apenas o lugar

“Nós somos apenas o lugar onde duas hereditariedades se reúnem.” Jean Rostand, Apud Os filhos da ciência , Robert Clarke, Verbo, Fev. 89, p. 1.

Mocassins

“Antes de julgares uma pessoa, caminha durante três luas com os seus mocassins.” Provérbio Índio Norte-Americano

Palavra profunda

“De qualquer palavra profunda, todos os homens são discípulos.” Victor Hugo (1802-1885)