«Essas regras, os sinais da linguagem e a gramática do jogo, representam uma espécie de língua secreta extremamente aperfeiçoada, em que participam várias ciências e artes, principalmente a matemática e a música (…) e que é capaz de exprimir os conteúdos e os resultados de quase todas as ciências e de os relacionar entre si. O jogo das contas de vidro é, por conseguinte, um jogo que joga com todos os conteúdos e valores da nossa cultura, um pouco como nos tempos áureos das artes um pintor terá brincado com as cores da sua paleta.»
Hermann Hesse, O jogo das contas de vidro, 1989, (trad. do original alemão de 1943 por Carlos Leite), Lisboa : Publicações Dom Quixote, pp. 17-18